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O green pass é a base do euro digital. Isto é da nossa escravidão

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«É válido, portanto, fazer o seguinte questionamento: o green pass serve para incentivar a somente a vacinação em massa ou o algo mais?»

 

Uma matéria de suma importância foi publicada no jornal La Verità. O artigo, complexo e detalhado, é intitulado: «O passe da vacina não é um meio, mas um fim: concederá “direitos” somente àqueles cadastrados».

 

As revelações feitas pelos jornalistas Claudio Antonelli e Giulia Aranguena, os quais fizeram uma investigação sobre a arquitetura jurídica e informática do green pass, confirmam aquilo que Renovatio 21 publicou há poucos dias: o green pass é um meio através do qual será instaurado o euro digital, conforme tinha sido anunciado pela presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde. Isto é, a instauração de uma sociedade completamente controlada, na qual o cidadão é submetido biologicamente, economicamente e eletronicamente ao poder central.

 

«A criação desta grande plataforma de vigilância ao cidadão – de alcance ainda mais profundo do que o da sua equivalente chinesa – é a tarefa da qual os mandachuvas se encarregaram nos últimos anos. Com o euro digital, assim como com o green pass, as pessoas dependerão das instituições até mesmo para as atividades mais básicas, como comer, beber, ir e vir, etc.».

«É válido, portanto, fazer o seguinte questionamento: o green pass serve para incentivar a somente a vacinação em massa ou o algo mais?»

 

O green pass, na sua essência, é uma plataforma eletrônica criada para existir mesmo sem a vacina: «O green pass nu e cru é um perfil digital que visa a confirmar a posse de determinadas condições em base as quais um usuário pode se dizer habilitado e certificado em relação a uma plataforma que confere direitos e liberdade (veja o semáforo verde) concedidos pelo gestor». 

 

«Nesse caso, o gestor da plataforma é o estado; a plataforma é de propriedade e está sob total controle estatal; os direitos e a liberdade de acesso a um determinado lugar são reestabelecidos na forma de concessão pelo próprio gestor».

 

A Europa emitiu uma regulamentação (2021/953, de junho de 2021) através da qual foi criado o DGCG – Digital green certificate gateway.

 

Esse portal é constituído por uma rede de bancos de dados «que visam à interatividade dos green passes e à capacidade de reconhecimento recíproco entre os estados-membros da UE, que funcionam como simples pontos de backend da rede».

 

Trata-se de uma grande operação informático administrativa «que pode ser atribuída aos tecnocratas da e-Health network, o grupo de agentes públicos instituídos pela Diretiva 2011/24/EU» que agrupa entidades sanitárias de vários estados-membros. Os projetos, que versam sobre a integração dos sistemas de identidade digital, tinham sido criados alguns anos antes da pandemia, mas foram implementados através de uma decisão executiva da comissão somente no dia 28 de junho de 2021.

 

Com base nisso, o governo do ex-chefe do BCE, Mario Draghi, moveu-se com velocidade e precisão impressionantes:

 

«O governo Draghi, já a partir do último mês de abril, e posteriormente em maio e junho, com a introdução do ato governativo do PNRR de 31 de maio de 2021 e do decreto de 17 de junho, colocou em funcionamento, não do nada, a ciclópica engrenagem da plataforma nacional Digital green certificate (Pn-Dgc) para a emissão e controle dos certificados green».

O tema central é a comunicação entre os bancos de dados.

 

Dessa maneira, Draghi «interligou os bancos de dados do registo civil nacional da vacina àqueles dos estados e os conectou ao sistema da carteira de saúde, a qual é administrada pelo ministério da economia, e ao EU-DGCG (mencionado acima), fazendo com que o complexo resultante se tornasse um portal que contém toda a infraestrutura digital. A tarefa da certificação foi atribuída, na Itália, à casa da moeda nacional.

 

Trata-se da unificação de todos os bancos de dados em um único sistema eletrônico.

Trata-se da unificação de todos os bancos de dados em um único sistema eletrônico.

 

Os dois jornalistas milaneses investigaram a morfologia, enigmática e opaca, do sistema e da sua gênese.

 

«Na prática, o “coração” do green pass se baseia na tecnologia blockchain, cuja finalidade é conservar e atualizar as todas as chaves de assinatura públicas, que são um encargo das autoridades de certificação de cada país, antes da sua certificação definitiva, bem como a sua associação às chaves privadas correspondentes à identidade de cada cidadão habilitado em base à contemplação de pelo menos uma das três condições que permitem a emissão do green pass (vacinação, teste com resultado negativo ou recuperação da doença).

 

A estrutura, «graças a essa forte interatividade (inclusive com as estruturas que estão sendo desenvolvidas a nível internacional, como a da O.M.S., de agosto de 2021)», apresenta-se «como um sistema dotado de modularidade e escalabilidade, isto é, projetado para suportar picos de carga repentinos sem que sua funcionalidade seja afetada (…), apto, portanto a empregos extras, finalidades, cenários e tipologias de certificação diversas».

«Um sistema dotado de modularidade e escalabilidade, isto é, projetado para suportar picos de carga repentinos sem que sua funcionalidade seja afetada (…), apto, portanto a empregos extras, finalidades, cenários e tipologias de certificação diversas».

 

Pode-se facilmente concluir, portanto, que o green pass nada mais é do que a própria identidade digital pública dos usuários, ou portadores do certificado verde, que deve ser mantida nas carteiras digitais iOS ou Android, instaladas nos smartphones.

 

Portanto, «tudo indica que a emissão deste documento de identidade está subordinada ao adequamento a uma determinada conduta ou à posse de uma determinada condição, sem qualquer possibilidade real de escolha».

«Em suma, trata-se de uma ferramenta de recenseamento na sua forma mais avançada. O cidadão passa, assim, a ser um número ao qual será possível vincular funções, serviços e direitos de diversos tipos».

 

Podemos afirmar com certeza que a vacinação é o objetivo último de toda a imensa arquitetura eletrônica do green pass?

 

«Diante da tamanha abrangência da blockchain e do ambicioso projeto do green pass, pode-se deduzir que a vacinação não é o objetivo verdadeiro nem que simplesmente haja algum plano oculto, mas que o green pass é um fim em si mesmo. E uma vez em funcionamento, não haverá mais volta».

«Diante da tamanha abrangência da blockchain e do ambicioso projeto do green pass, pode-se deduzir que a vacinação não é o objetivo verdadeiro nem que simplesmente haja algum plano oculto, mas que o green pass é um fim em si mesmo. E uma vez em funcionamento, não haverá mais volta».

 

«É claro que, uma vez que todos os italianos estejam em posse de sua identidade digital, cuja emissão é, por enquanto, condicionada apenas a exigências sanitárias, tais condições podem ser alteradas ou ampliadas: declarações de impostos, pagamentos, multas, etc.; a implantação do euro digital que, como previsto pelo BCE, nunca poderia ser introduzido sem uma infraestrutura blockchain como a do green pass, é a mais importante delas».

 

Na prática, por de trás do green pass está um software, um sistema (informático e jurídico) que tem o poder de controlar nossas vidas: com ele pagaremos impostos, multas, etc. Mais além, não precisaremos fazer nada; o dinheiro será transferido de nossas contas automaticamente, visto que tudo será gerido por um poder central que almeja total acesso aos meandros das nossas vidas: aos detalhes das nossas finanças, do nosso estado de saúde, etc. A privacidade não será mais um direito e nem sequer um ideal. 

 

A criação do euro digital tem como objetivo a abolição do dinheiro em espécie. Com aquele, a Europa pode colocar-se na avanguarda (até mesmo em relação à China) da evolução do estado moderno em direção ao totalitarismo absoluto. Com o euro digital, todas as nossas transações financeiras serão rastreáveis: quanto gastamos com a alimentação, vestuário e serviços; os produtos que consumimos; a marca do sorvete e da camiseta; o título do filme ao qual assistimos no cinema; quais remédios compramos; aonde vamos nas férias e em qual hotel nos hospedamos; etc. Todas essas informações interessam ao leão – e não só ao leão. Interessam também aos ministérios da saúde, dos negócios exteriores, etc. São relevantes também a terceiros. Já circula o dito de que as informações são o petróleo do século XXI. O green pass é um carro que nos obrigam comprar para que aderamos ao novo combustível. 

A criação do euro digital tem como objetivo a abolição do dinheiro em espécie. Com aquele, a Europa pode colocar-se na avanguarda (até mesmo em relação à China) da evolução do estado moderno em direção ao totalitarismo absoluto.

 

Mais além: as nossas negociações poderão ser impedidas. Temos diabetes? O sistema pode nos impedir de comprar Nutella. Rodízio de automóveis? Não nos deixam encher o tanque. Temos vontade de nos aprofundar em determinado assunto? Livros que contêm informações desagradáveis à ordem do dia não estarão mais disponíveis – na Amazon, como se sabe, já funciona desse modo: muitos autores simplesmente desapareceram.

 

Tudo pode ser controlado em tempo real por algoritmos tão complexos a ponto de serem ininteligíveis a seus próprios criadores. Os dados são cruzados em modos incompreensíveis à mente humana e a resposta dada pelo sistema tem o poder de selar o destino de uma pessoa. É o que se observa na China, onde o sistema do green pass foi implementado durante a pandemia: os cidadãos são checados à saída do metrô – se a luz vermelha acende, eles devem retornar à casa imediatamente e entrar em quarentena. Nenhuma justificativa é necessária: o estado e sua quimera digital não nos devem satisfações.

 

É nessa direção que caminha o mundo moderno: submissão total do indivíduo, a nova escravidão econômica, informática e biótica que recai sobre o século XXI.

 

Algum leitor desatento pode pensar: “é prático não ter de me ocupar com o pagamento de uma multa, já que ela se paga automaticamente”. A verdade é que os figurões não se preocupam nem um pouco com a nossa comodidade. O intento é abolir todos os passos intermediários, isto é, qualquer possibilidade de reação a uma decisão imposta de cima para baixo: não poderemos nos opor, cumpriremos a sentença e ponto final. É a ruptura, a desintermediação do estado de direito. Isso já é uma realidade nas redes sociais, as quais banem e censuram milhares de pessoas sem fornecer quaisquer tipos de justificativas: não há nenhum processo, muito menos um «processo justo». Trata-se da nova civilização autoritária que se esconde atrás do mito da transparência.

O intento é abolir todos os passos intermediários, isto é, a reação a uma decisão imposta de cima para baixo: não teremos nenhuma possibilidade de nos opor; cumpriremos a sentença e ponto final. É a ruptura, a desintermediação do estado de direito.

 

E, já que estamos falando de processos, raciocinemos acerca do quê irá acontecer com o sistema jurídico. Será muito mais fácil, mais imediato, obter dinheiro através de um decisão judicial – ou vê-lo batendo asas. Do mesmo modo, um juiz poderá bloquear os nossos patrimônios, ou alterar a titularidade deles, por meio de um simples clique no mouse. Nesse caso, ficaremos sem meios para sobreviver: os trocados que guardamos embaixo do colchão não terão mais serventia, já que o dinheiro vivo será ilegal; as doações aos necessitados e à Igreja (caso permaneçam permitidas) serão efetuadas somente por via digital – poderão, portanto, inibi-las também.

 

Agora fica claro o motivo pelo qual houve (e há) tamanha insistência com relação à vacinação.

 

Fica claro também porque os dirigentes compraram uma briga com toda a sociedade e com um número elevado de trabalhadores – mesmo com o risco de deflagrar um outono marcado por lutas operárias com potencial de paralisar a Itália e a Europa.

 

Os pagamentos serão realizados fácil e rapidamente; os caixa eletrônicos desaparecerão e talvez também os caixas físicos. Muitos idiotas (os políticos do partido 5 Stelle, cujo líder  prometeu exatamente isso) ficarão felicíssimos: «não tenho nada a esconder». Com a identidade digital vinculada ao green pass, abriremos as contas nas quais depositaremos nossos euros digitais criados do nada. Quem sabe, às vezes para nos incentivar a usá-los, nos darão alguns de brinde.

 

Milhões cairão na armadilha: para qualquer coisa que desejem fazer, será necessário o selinho digital.

 

A nova forma do estado moderno, e das nossas vidas, está logo ali: um sistema de vigilância totalitária sem precedentes na história, mas que, entretanto, já foi descrito há alguns milhares de anos.

 

«E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita, ou nas suas testas. Para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome». (Apocalipse 13, 16-17)

 

 

Roberto Dal Bosco

 

 

Tradução de Flavio Moraes Cassin

 

Articolo originale pubblicato in italiano

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Akita, a Nossa Senhora da chuva de fogo

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Não é errado, neste momento histórico, recordar-se da última aparição mariana reconhecida pelo Vaticano: Nossa Senhora de Akita.

 

Akita é no Japão. A Virgem Maria apareceu ali meio século atrás. A mensagem que ela deu à Freira Agnese Sasagawa foi chocante. Ela falou de uma destruição em massa, de castigos horríveis: ela falou do castigo Divino.

 

Mais ainda: ela falou de uma «chuva de fogo» que chegaria dos céus e devastaria a humanidade. Neste momento é impossível não pensar nisso: qualquer um é capaz de reconhecer que estamos vivendo o momento mais perigoso da história humana, com a devastação dos mísseis termonucleares mais perto do que nunca.

 

Mas tornemos a Freira Agnese e à aparição de Nossa Senhora.

 

Katsuko Sasagawa nasceu em 1931 em Niigata, cidade de Honshu, a principal ilha do arquipélago japonês. Do outro lado do mar, em relação a Niigata, na parte continental, está Vladivostok.

 

Katsuko foi uma pessoa doente desde jovem. Quando ela não tinha nem vinte anos, passou por uma apendicectomia que a deixou paralisada. Os médicos fizeram alguma coisa errada no processo de anestesia. A cura dessa paralisia fez com que a moça tivesse que passar por inúmeras outras operações, o que causou, seja para ela própria que para a sua família, graves sofrimentos nos anos sucessivos. 

 

Foi nesse período que Katsuko teve contato com uma enfermeira católica (naqueles tempos, também no Japão, havia freiras nos hospitais…) que a introduziu à palavra de Cristo. Katsuko falou com um monge budista, depois se converteu e recebeu o nome de Agnese.

 

Todavia, a moça continuava sofrendo. Em 1956, ela entrou em coma. Algumas freiras que tinham vindo de Nagasaki – a cidade mais católica do Japão… – umedeceram os seus lábios com um pouco de água de Lourdes. Agnese retomou subitamente a consciência.

 

O seu empenho pela comunidade católica foi grande: começou a atuar como catequista na igreja de Myoko, uma cidade ali do lado.

 

Em 1972 Agnese perdeu a audição. A família qui-la de volta em casa, mas ela tomou a decisão de entrar nas Servas da Eucaristia em Yuzawada, uma ordem de freiras contemplativas em um instituto perto da cidade de Akita, que era dirigido pelo Monsenhor Jean Shojiro Itō, o bispo de Niigata que futuramente tornar-se-ia parte integrante da revelação mariana.

 

  Às 8:30 do dia 12 de junho de 1973, Irmã Agnese abriu o tabernáculo da capela onde deveria ocorrer a adoração eucarística. Ela foi investida por uma luz potente. Prostrou-se à terra: ela sabia que poderia se tratar de um evento sobrenatural, mas se perguntou se não fosse apenas uma alucinação.

 

Em 5 de julho, enquanto fazia as orações da noite, sentiu abrir-se, na mão direita, uma ferida em forma de cruz, longa 3cm e larga 2. Ela pensou que fosse um arranhão, mesmo sentindo que a carne estava sendo cortada bastante em profundidade, como se estivesse sendo perfurada.

 

Naquela noite, às 3:00 horas, Agnese escutou uma voz:

 

«Não temas! Não rezes apenas pelos teus pecados, mas também pela reparação dos pecados de todos os seres humanos (…) O mundo atual fere o Santíssimo Coração de Nosso Senhor com a sua ingratidão e as suas injúrias. A ferida de Maria é muito mais profunda do que a tua».

 

Agnese foi guiada à capela, onde a voz, quando perguntada, respondeu-lhe: «Sou quem está ao teu lado e te vigia». Era o seu anjo da guarda.

 

Eis que uma outra voz irrompe na capela:

 

Minha fila, minha noviça, tu obedeceste-me bem abandonando tudo para me seguir. É dolorosa a enfermidade nas tuas orelhas? A tua surdez vai sarar, está certa disso. A ferida na tua mão faz-te sofrer? Reza pela reparação dos pecados dos homens. Cada pessoa desta comunidade é uma minha filha insubstituível. Recitais bem a oração das Servas da Eucaristia? Então recitemo-la juntas:

 

Sacratíssimo Coração de Jesus, realmente presente na Santa Eucaristia, eu consagro o meu corpo e a minha alma para serem inteiramente unidos com o Teu Coração que é sacrificado a cada instante em todos os altares do mundo, dando louvor ao Pai e invocando a vinda do Seu Reino.

 

Peço-te, recebe a humilde oferta de mim mesma. Usa-me como desejas para a glória do Pai e para a salvação das almas.

 

Santíssima Mãe de Deus, não deixes que eu me separe do teu Divino Filho.

 

Peço-te, defende-me e protege-me como tua filha particular.

 

Amém.

 

Enfim, a Virgem Maria acrescentou:

 

Ora muito pelo Papa, os bispos e os padres. Desde o momento do teu batismo sempre oraste por eles com fé.

 

Continua a orar muito, muitíssimo.

 

Conta ao teu superior tudo o que aconteceu hoje e obedeça-lhe em tudo o que ele te dirá.

 

Ele pediu que ela orasse com fervor.

 

Logo, Freira Agnese ora. Diante dela estava a estátua da Virgem da capela, uma cópia da Virgem de Amsterdã – Nossa Senhora de todos os povos – esculpida pelo artista budista Saburo Wakasa, membro do instituto japonês de escultura.

 

Por volta das cinco da manhã a voz desapareceu e outras freiras entraram na capela. Irmã Agnese pediu à Irmã K. que olhasse a mão da estátua: ela não tinha ousado fazê-lo no decorrer de todo aquele tempo, não tivera a coragem. Quando Irmã K. aproximou-se para examinar a estátua, prostrou-se ao chão. Não mãos da estátua havia a mesma ferida que tinha aparecido na palma de Freira Agnese.

 

Em 12 julho, durante as orações das freiras, o sangue recomeçou a escorrer da mão da efígie: a este ponto, a história já era incontível, tinha-se difundido muito além do convento. Duas semanas mais tarde chegou o bispo de Niigata, Jean Shojiro, que constatou os eventos.

 

Em 28 de julho, a ferida de Irmã Agnese começou a doer de maneira insuportável. A religiosa correu em direção à capela e prostrou-se ao chão.

 

No momento de maior padecimento, eis que surge a voz:

 

«O teu sofrimento terminará hoje. Conserva preciosamente a recordação do sangue de Maria, grava-o bem no teu coração; este sangue derramado tem um significado profundo (…) para a conversão de todos os pecadores».

 

Imediatamente, a ferida desapareceu, sarou.

 

No dia 3 de agosto, a Freira Agnese recebeu uma outra mensagem:

 

Minha filha, minha noviça, amas o Senhor? Se amas o Senhor escuta o que eu tenho para te dizer. É muito importante. Reportá-lo-ás ao teu superior.

 

Muitos homens neste mundo causam sofrimento ao Senhor. Eu desejo almas que O consolem para aplacar a cólera do Pai Celeste. Desejo, junto ao Meu Filho, almas que deverão reparar, por meio de seus sofrimentos e sua pobreza, as ofensas dos pecadores e dos ingratos.

 

Para que o mundo possa conhecer a Sua ira, o Pai Celeste está planejando infligir um grande castigo sobre toda a humanidade.

 

Junto ao Meu Filho, intervi muitas vezes para aplacar a ira do Pai. Impedi a vinda de calamidades oferecendo-Lhe os sofrimentos do Meu Filho na cruz, o Seu precioso sangue e as almas prediletas que O consolam, formando um grupo de almas vítimas. Oração, penitência e sacrifícios corajosos podem atenuar a cólera do Pai. Eu desejo isso também da tua comunidade… que ela ame a pobreza, que se santifique e reze em reparação pela ingratidão e as ofensas de tantos homens.

 

Recitai a oração das Servas da Eucaristia conscientes do seu significado. Colocai-a em prática; oferecei em reparação pelos pecados tudo aquilo que Deus pode mandar. Faça de um jeito que todos se esforcem, de acordo com as capacidades e as posições, para oferecerem-se inteiramente ao Senhor.

 

Mesmo em um instituto secular a oração é necessária. Já as almas que querem rezar, elas estão para serem reunidas. Sem dar muita importância à forma, permanecei fiéis e fervorosos na oração para consolar o Maestro.

 

O que pensas no teu coração é verdadeiro? Estás sinceramente decidida a tornar-te pedra descartada? Minha noviça, tu que desejas pertencer sem reservas ao Senhor para tornar-te a digna esposa do Esposo, faze os teus votos sabendo que deves ser afixada à cruz com três pregos. Esses três pregos são: pobreza, castidade e obediência. Dos três, a obediência é fundamental. Em total abandono, faze-te guiar pelo teu superior. Ele saberá como entender-te e encaminhar-te. 

 

Marya-sama, como os japoneses chamam a Virgem Maria, nesta mensagem anunciou a chegada do castigo. Ao mesmo tempo, declarou a importância da obediência à hierarquia eclesiástica.

 

Em 13 de outubro, Irmã Agnese recebeu a terceira mensagem, a mais tremenda.

 

Enquanto rezava, de repente ela percebeu de novo aquela luz e um perfume suave que provinha da estátua.

 

Minha cara filha, escuta bem o que tenho para te dizer. Comunicá-lo-ás ao teu superior.

 

Como te disse, se os homens não se arrependerem e não melhorarem si próprios, o Pai infligirá um terrível castigo sobre toda a humanidade. Será um castigo maior do que o Dilúvio, de proporções nunca antes vistas.

 

O fogo cairá do céu e levará embora uma grande parte da humanidade, os bons assim como os maus, sem poupar nem padres nem fiéis.

 

Os sobreviventes encontrar-se-ão de tal modo aflitos, que terão inveja dos mortos.

 

As únicas armas que vos restarão são o Rosário e o Sinal deixado pelo Meu Filho. Recitai todos os dias as orações do Rosário. Com o Rosário, orai pelo Papa, pelos bispos e pelos padres.

 

A obra do diabo infiltrar-se-á na Igreja de tal modo que ver-se-ão cardeais oporem-se a outros cardeais, bispos contra bispos.

 

Os sacerdotes que me veneram serão desprezados e obstaculizados pelos seus confrades… igrejas e altares saqueados; a Igreja estará cheia daqueles que aceitam compromissos e o Demônio estimulará muitos sacerdotes e almas consagradas a deixarem o serviço do Senhor.

 

O Demônio será implacável especialmente contra as almas consagradas a Deus. A ideia da perda de tantas almas é a causa da minha tristeza. Se os pecados aumentarem em número e gravidade, não haverá perdão para eles.

 

Com coragem, fala com o teu superior. Ele saberá como encorajar cada uma de vós a orar e a realizar a vossa tarefa de reparação. É o bispo Itō que dirige a vossa comunidade.

 

Tens ainda algo para perguntar? Hoje será a última vez que falarei com ti em viva voz. Deste momento em diante obedecerás a quem te foi enviado e ao teu superior.

 

Reze muito a oração do Rosário. Somente eu ainda posso salvar-vos das calamidades que se aproximam.

 

Quem tiver confiança em mim será salvo.

 

Essas foram as últimas palavras que Nossa Senhor confiou à Irmã Agnese.

 

Porém, os eventos extraordinários de Akita não terminaram.

 

No dia 4 de janeiro de 1975, a freira sacristã deu-se conta de que a base da estátua da Virgem estava molhada: algumas lágrimas estavam gotejando de seus olhos. Um fenômeno ao qual o Bispo Itō assistiu.

 

A própria escultura, posteriormente, parece ter mudado suas feições: de repente perece ter assumindo uma expressão de tristeza, não notada antes de então.

 

Saburo Wakasa, o escultor budista, foi chamado: ele confirmou: não a tinha esculpido daquele modo. Sobretudo «as bochechas que eu tinha esculpido eram cavas, o rosto parece ter cedido, a sua cor tinha virado marrom escuro, a sua expressão mais penetrante».

 

As lágrimas, por sua vez, foram analisadas pelo professor Kaoru Sagisaka: eram de origem humana, do grupo 0. De 4 de janeiro a 15 de setembro de 1981, as lacrimações parecem ter cessado. Don Tasuya, o capelão, teria contado algo como 101 repetições do fenômeno. As testemunhas são cerca de 2000. Diz-se que uma TV japonesa teria filmado um desses eventos.

 

Monsenhor Itō foi a Roma duas vezes para perorar pela causa de Nossa Senhora de Akita. O cardeal Ratzinger permitiu-lhe anunciar a autenticidade da aparição: «esses fatos, estabelecidos depois de 11 anos de estudos, são incontestáveis (…) consequentemente autorizo a veneração de Nossa Senhora de Akita». Depois ter obtido o que era justo, o bispo Itō aposentou-se.

 

Em 1988, Ratzinger voltou a falar de Akita, declarando que os fenômenos entorno à Irmã Sasagawa e àquela capela eram dignos de serem acreditados pelos crentes.

 

Freira Agnese sarou da surdez em dois momentos, em 1974 e 1982, mas de 1981 em diante voltou a ter paralisia. Ela continuou a executar pequenos trabalhos para a comunidade com a ponta dos dedos e os dentes.

 

O mariólogo padre Réné Laurentin, que a conheceu e estudou o seu caso, escreveu que Freira Agnese «continua vivendo a sua vida cheia de sacrifícios, constrangida à cama, numa paz profunda».

 

A mensagem de Nossa Senhora de Akita é chocante. O bispo Itō, posteriormente, disse que acreditava que a terceira parte dela, com a sua carga de castigo e destruição, estivesse conectada à mensagem de Fátima.

 

 

Hi ga Ten kara kudari. O fogo virá do céu, a maior parte da humanidade será destruída, e nem os padres nem os fiéis serão poupados. Os sobreviventes invejarão os mortos.

 

Akuma ha, Kyōkai no naka made hairikomi. O demônio entrará na Igreja.

 

Cardinaru ha Cardinaru ni, Shikyō wa Shikyō ni tairetsu suru deshō. Cardeais voltar-se-ão contra outros cardeais, bispos contra bispos.

 

Akuma guiará muitos padres e religiosos para longe de Deus. Os padres que veneram a Virgem Maria serão desprezados e atacados. Igrejas e altares serão profanados.

 

Kyōkai ha, dakyō suru mono de ippai ni nari. A Igreja estará cheia de compromissos.

 

Vejam bem: a precisão da descrição dos assuntos eclesiásticos é total.

 

Mas também a dos assuntos do mundo: a chuva de fogo já está pronta nos céus, sabemo-lo – não houve nenhum momento da história no qual isso tenha sido mais verdadeiro, nem em Cuba, nem durante toda a Guerra Fria, nem nos milênios precedentes.

 

A chuva de fogo termonuclear está sobre nós: sobre a Itália, que abriga pelo menos 40 ogivas americanas e, portanto, tem só Deus sabe quantas outras miradas sobre ela pela Rússia.

 

Fomos nós que a chamamos, nós que a invocamos, a procuramos: talvez o grosso do trabalho tenha sido feito pelos nossos governantes, é verdade – mas, se, por um momento, deixássemos de lado o orgulho e olhássemos dentro de nós, saberíamos que ela chegará também pelos nossos pecados. Pelos pecados que cometemos. Pelos pecados que permitimos que fossem cometidos.

 

O que, de concreto, podemos fazer? Podemos somente prostrar-nos nós também diante de Marya-sama e implorar por misericórdia.

 

E obedecer às instruções da Irmã Agnese:

 

Mainichi, Rosaryo no inori wo tonaete kudasai.

 

Orem o Rosário todos os dias.

 

 

Roberto Dal Bosco 

 

 

Tradução de Flavio Moraes Cassin, cujas opiniões pessoais não coincidem necessariamente com aquelas expressadas neste artigo.

 

 

Articolo originale in italiano.

 

 

Imagem de SICDAMNOME via Wikimedia publicada sob licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International (CC BY-SA 4.0); imagem modificada.

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Klaus Schwab encontra-se com Draghi. Eis a «Great Narrative» do Apocalipse e de suas Bestas

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A notícia foi reportada no site oficial do governo italiano com um título que poderia enganar os menos avisados: «O Presidente Draghi encontrou-se com o Presidente executivo do World Economic Forum».

 

Para os poucos leitores da Renovatio 21 que ainda não sabem, World Economic Forum significa Davos. E o presidente que se encontrou com o premier Draghi, portanto, não é ninguém menos do que Klaus Schwab – o máximo teorizador público do Grande Reset.

 

«O Presidente do Conselho, Mario Draghi, encontrou-se na tarde de hoje, no Palácio Chigi, com o Fundador e Presidente executivo do World Economic Forum (WEF), Klaus Schwab»

 

«O Presidente do Conselho, Mario Draghi, encontrou-se na tarde de hoje, no Palácio Chigi, com o Fundador e Presidente executivo do World Economic Forum (WEF), Klaus Schwab», escreveu o site governativo.

 

«A conversa foi focada no próximo Encontro Anual do WEF previsto para ocorrer em Davos em janeiro de 2022 e nos principais dossiers globais, tema também da Presidência italiana do G20, com particular referimento ao assunto da retomada econômica e social pós-pandêmica».

 

O encontro ganhou pouca visibilidade. Nenhum jornal, impresso, eletrônico ou televisivo, deu-lhe relevância – e isto enquanto uma parcela significativa da população está indiscutivelmente convencida de que Schwab é o chefe de uma conspiração da oligarquia global que visa a instalar um novo mundo de controle no qual todos serão escravizados. Que ideia maluca.

 

Teria sido um artigo de alguma relevância: ahh, teóricos da conspiração! Vejam isso: um faraó do Mal que vem aqui na Itália para se encontrar com o seu bravíssimo premier! Só pode ser o Espectro [personagem da Comics D.C.; n.d.t.]! Bola pra frente; virem pessoas sérias; cresçam!

 

Em vez disso, nada.

 

Nem mesmo meio editorialzinho em destaque no jornal do ex-genro do finado Rodotà, o apresentador de TV Gramellino. Seria uma baita ocasião para tirar sarro da cara dos no-vax e, quem sabe, apresentar ao mundo um homem que seguramente tem muitos méritos, pois de outro modo não teria chegado onde chegou.

 

Nada. Nulla. Zero. Zilch. Silêncio da mídia.

 

Esse silêncio é algo que já tínhamos visto. Por exemplo quando Gentiloni, há pouco e por pouco premier, encontrou-se sem muito alarde com George Soros em Roma, no auge da tradicional onda de boteiros provindos do Continente negro – os mesmos “ajudados” pelas ONGS financiadas pela Open Society Foundation do homem de finanças bilionário (o único no mundo com a sua própria política externa; estamos falando dele).

 

Na época, mesmo sob o silêncio dos grandes jornais, vieram à frente, após o fato, um bocado de políticos de oposição. Meloni. Grillo. Calderoli. Todos fazendo a mesma perguntinha: o que Gentiloni tinha ido fazer com Soros? O que eles falaram entre si?

 

Agora todos eles desapareceram. Ninguém quer, de verdade, saber – por que não com uma bela carta parlamentar interrogativa? – o que o Presidente do Conselho teria para falar com um teórico da redefinição do mundo e da própria natureza humana. Porque, além da indústria, da economia, da sociedade, Schwab invocou abertamente a fusão homem-máquina, as interfaces neurais e a possibilidade de escanear os pensamentos das pessoas enquanto elas passam pelos aeroportos, uma «fusão da nossa identidade física, digital e biológica».

 

Tudo isso é verdade.

 

Depois, para a imprensa italiana, o teórico do Grande Reset não é Schwab. É Viganò. Sim, para o jornal do filhinho do Mentana, para o Dagospia e só Deus sabe para quantos outros, deve-se falar em «Monsenhor Carlo Maria Viganò, o teórico do “grande reset”»! Desse jeito. Ipsis litteris.

 

Isto é, o Grande Reset, que eles obviamente colocam entre aspas, não foi teorizado por Schwab, que até mesmo escreveu um livro sobre o assunto – não se sabe porque ele ainda não foi publicado na Itália – intitulado COVID-19: The Great Reset, do qual ninguém, ao que parece, nunca ouviu falar. Ignorância, má-fé, desleixo: não sabemos como definir isso. Mas é assim: o Grande Reset foi teorizado pelo arcebispo, e não pelo personagem que, sob o silêncio deles próprios, acabou de se encontrar com o primeiro Ministro da República Italiana.

Parece mais um vilão do James Bond. É um personagem de livro de romance, televisivo, de ficção

 

Eu me pergunto: nem mesmo uma vinheta? Em suma: parece mais um vilão do James Bond. É um personagem de livro de romance, televisivo, de ficção. Alguém, após tê-lo visto vestido em um indumento com o qual certa vez apresentou-se em público chegou a falar em Star Trek. (Nós odiamos Star Trek).

 

 

Semana passada, o «Schwaboo» arrumou algo para fazer. Em Dubai, o elitista careca anunciou a criação de uma iniciativa chamada Great Narrative. A Grande Narrativa.

Cada narração é uma edição, uma montagem. Para dar um sentido às histórias, omitem-se detalhes, perspectivas e personagens que poderiam levar a um lugar indesejado

 

O que seria a Grande Narrativa? É «um esforço colaborativo entre os principais pensadores do mundo para modelar prospectivas a longo prazo e co-criar uma narrativa que pode ajudar a guiar a criação de uma visão mais resiliente, inclusiva e sustentável para o nosso futuro coletivo», diz o site do World Economic Forum de Davos. «Os melhores pensadores provenientes de uma variedade de áreas geográficas e do conhecimento, inclusos futurólogos, cientistas e filósofos, contribuirão com novas ideias para o futuro. As suas reflexões serão compartilhadas em um livro, The Great Narrative, cuja publicação está prevista para janeiro de 2022».

 

«Estamos aqui para desenvolver a Grande Narrativa, uma história para o futuro», anunciou Schwab em Dubai na quinta-feira passada, junto ao ministro dos Assuntos de Gabinete dos Emirados Árabes Unidos, Mohammad Abdullah Al-Gergawi.

 

«Para modelar o futuro, primeiro você tem que imaginá-lo, tem que projetá-lo, e depois construí-lo». Trata-se de uma retórica que está entre a publicidade de um tênis de corrida e um delírio tirânico.

 

«Acho que nos próximos dois dias, aqui, vamos analisar como imaginaremos, projetaremos e como concretizaremos a Grande Narrativa; como definiremos a história do nosso mundo para o futuro», declarou Schwab na rica (?) cidade capital dos influenciadores digitais no deserto arábico.

As suas vozes dissidentes estão apagadas, inaudíveis nas mídias ou na representação democrática. Os seus pensamentos, censurados pelas redes sociais. As suas manifestações estão proibidas – e reprimidas com uma força jamais antes vista.

 

Depois ele lamentou-se.

 

«As pessoas tornaram-se muito egocêntricas e, em uma certa medida, egoístas. Em uma situação desse tipo é muito difícil criar um acordo porque plasmar o futuro, projetar o futuro, geralmente requer uma vontade em comum entre as pessoas», declarou.

 

«O mundo tornou-se tão complexo. As soluções simples para problemas complexos não bastam mais».

 

«Hoje não há mais separação entre social, político, tecnológico, ecológico – tudo está emaranhado», acrescentou, dando a entender que o seu programa seria uma reprogramação integral da associação humana.

 

«Consideramos que seja muito importante trabalhar verdadeiramente juntos a nível global para nos assegurar da utilização do potencial da quarta revolução industrial em benefício da humanidade, porque a tecnologia também comporta algumas armadilhas e pode ser utilizada em detrimento da humanidade». Para quem não sabe, A Quarta revolução Industrial é o título de um outro livro dele (publicado também em português), no qual ele idealiza reformular para sempre o sistema produtivo planetário.

Quem irá permanecer parte dessa história, em vez disso, já foi editado de um modo diferente: foi editado geneticamente. Primeiro duas seringadas de mRNA, depois uma terceira, depois uma quarta e depois só Deus sabe: o referendo para a alteração do genoma humano foi vencido pelo lado do sim, mesmo se os eleitores nem mesmo se deram conta

 

O leitor consegue imaginar sozinho o que é essa tal Grande Narrativa (termo que, na realidade, esperávamos que tivesse sido desvelado de uma vez por todas na era do governo de Matteo Renzi).

 

Cada narração é uma edição, uma montagem. Para dar um sentido às histórias, omitem-se detalhes, perspectivas e personagens que poderiam levar a um lugar indesejado.

 

Vocês sabem muito bem o que já está acontecendo. As suas vozes dissidentes estão apagadas, inaudíveis nas mídias ou na representação democrática. Os seus pensamentos, censurados pelas redes sociais. As suas manifestações estão proibidas – e reprimidas com uma força jamais antes vista.

 

Já os estão editando para fora da história – dissemos-lhes muitas vezes: querem anular-nos; um segmento correspondente a um percentual de dois dígitos da sociedade deve ser sacrificado: é uma ideia que eles já aceitaram politicamente, economicamente, «humanamente».

Bebês editados geneticamente para serem perfeitamente adaptados à Grande Narrativa. Um livro para resetar a humanidade, e quem sabe recriá-la

 

Quem irá permanecer parte dessa história, em vez disso, já foi editado de um modo diferente: foi editado geneticamente. Primeiro duas seringadas de mRNA, depois uma terceira, depois uma quarta e depois só Deus sabe: o referendo para a alteração do genoma humano foi vencido pelo lado do sim, mesmo se os eleitores nem mesmo se deram conta.

 

Podem apostar o que quiserem: a próxima grande edição que lhes empurrarão goela abaixo é a edição dos seus filhos, dos seus netos, da geração que virá. As futuras crianças serão editadas geneticamente em provetas através da técnica CRISPR. Isso porque fazer filhos através da bioengenharia «será como vaciná-los».

 

Bebês editados geneticamente para serem perfeitamente adaptados à Grande Narrativa. Um livro para resetar a humanidade, e quem sabe recriá-la.

 

Bom, já lhes tínhamos advertido. No fim das contas será uma questão de livros.

Procuremos por nossos nomes no livro da vida, no livro do Cordeiro. Os outros que adorem a Besta

 

O livro do Apocalipse já nos ensinou, no capítulo 13, quando fala sobre a Besta.

 

«E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo», (Apocalipse 13, 8).

 

Procuremos por nossos nomes no livro da vida, no livro do Cordeiro. Os outros que adorem a Besta.

 

«E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo», (Apocalipse 20,15).

 

 

Roberto Dal Bosco

 

 

 

Tradução de Flavio Moraes Cassin, cujas opiniões pessoais não coincidem necessariamente com aquelas expressadas neste artigo.

 

 

Articolo originale in italiano.

 

 

 

 

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The Lancet: «não se justifica estigmatizar os não vacinados»

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É surpreendente a posição tomada em um artigo publicado pela prestigiosa revista científica The Lancet: estigmatizar os não vacinados «não se justifica».

 

O autor do breve artigo é o doutor Günter Kampf da Universidade de Medicina de Greifswald, na Alemanha.

 

O doutor Kampf manifestou duras críticas contra uma expressão utilizada ad nauseam pelos nossos médicos, a assim-chamada «pandemia dos não vacinados», com a qual políticos e jornalistas martelaram a cabeça da população por semanas na tentativa de justificar, em toda a Europa, um novo e incredível endurecimento das restrições pandêmicas (o 2G na Alemanha e Áustria, o super green pass na Itália).

«É errado e perigoso falar em pandemia dos não vacinados»

 

«Nos EUA e na Alemanha, funcionários de alto escalão usaram o termo pandemia dos não vacinados, sugerindo que as pessoas que tinham sido vacinadas não eram relevantes na epidemiologia do COVID-19. O uso dessa frase por parte dos funcionários poderia ter encorajado um cientista a afirmar que “os não vacinados ameaçam os vacinados com o COVID-19”», escreveu Kampf.

 

Trata-se, disse o médico, de uma visão demasiado simplória.

 

«Há provas crescentes de que os indivíduos vacinados continuam a ter um papel relevante na transmissão», escreveu o médico alemão.

 

As estatísticas americanas testemunham essa afirmativa:

«Há provas crescentes de que os indivíduos vacinados continuam a ter um papel relevante na transmissão»

 

«Em Massachusetts, EUA, foi detectado um total de 469 novos casos de COVID-19 durante vários eventos em julho de 2021; 346 (74%) desses casos eram relativos a pessoas completamente vacinadas ou parcialmente vacinadas, das quais 274 (79%) apresentavam sintomas. Os limiares do ciclo eram similarmente baixos entre as pessoas completamente vacinadas (mediana 22,8) e as pessoas não vacinadas, não completamente vacinadas ou cujo status de vacinação era desconhecido (mediana 21,5), o que indica a presença de uma elevada carga viral também entre as pessoas completamente vacinadas. Nos EUA, em 30 de abril de 2021, foi reportado um total de 10.262 casos de COVID-19 em pessoas vacinadas, das quais 2.725 (26,6%) eram assintomáticas, 995 (9,7%) tinham-se recuperado e 160 (1,6%) falecido».

 

Além disso, temos também as estatísticas da Alemanha:

 

«Na Alemanha, 55,4% dos casos sintomáticos de COVID-19 em pacientes de idade igual ou superior a 60 anos era relativo a indivíduos completamente vacinados, e esse percentual aumenta a cada semana. Em Münster (…) foram reportados novos casos de COVID-19 em pelo menos 85 (22%) das 380 pessoas que estavam completamente vacinadas ou que se tinham recuperado do COVID-19 e que frequentavam uma discoteca».

 

Portanto, «as pessoas vacinadas têm um risco inferior de contrair a forma grave da doença, mas permanecem sendo uma parte relevante da pandemia». 

 

Incontestavelmente; não podia ser diferente. Ponto.

 

Por isso, disse o doutor Kampf, é «errado e perigoso falar em pandemia dos não vacinados».

«Convido os funcionários e cientistas de alto escalão a pararem a estigmatização inapropriada das pessoas não vacinadas, inclusos os nossos pacientes, colegas e outros concidadãos, e a fazerem um esforço maior para reunir a sociedade»

 

Mesmo porque, como é usual dizer, quem não conhece a história está destinado a repeti-la: «historicamente, sejam os EUA que a Alemanha causaram experiências negativas ao estigmatizar parte da população em razão da cor de pele ou da religião».

 

«Convido os funcionários e cientistas de alto escalão a pararem a estigmatização inapropriada das pessoas não vacinadas, inclusos os nossos pacientes, colegas e outros concidadãos, e a fazerem um esforço maior para reunir a sociedade».

 

Kampf conclui o breve mas incisivo artigo com a declaração de conflito de interesse: ele não tem nenhuma.

 

Quantos médicos que vão às nossas redes de televisão podem dizer o mesmo?

 

 

 

 

Tradução de Flavio Moraes Cassin, cujas opiniões pessoais não coincidem necessariamente com aquelas expressadas neste artigo.

 

 

Articolo originale in italiano.

 

 

 

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