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Klaus Schwab encontra-se com Draghi. Eis a «Great Narrative» do Apocalipse e de suas Bestas

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A notícia foi reportada no site oficial do governo italiano com um título que poderia enganar os menos avisados: «O Presidente Draghi encontrou-se com o Presidente executivo do World Economic Forum».

 

Para os poucos leitores da Renovatio 21 que ainda não sabem, World Economic Forum significa Davos. E o presidente que se encontrou com o premier Draghi, portanto, não é ninguém menos do que Klaus Schwab – o máximo teorizador público do Grande Reset.

 

«O Presidente do Conselho, Mario Draghi, encontrou-se na tarde de hoje, no Palácio Chigi, com o Fundador e Presidente executivo do World Economic Forum (WEF), Klaus Schwab»

 

«O Presidente do Conselho, Mario Draghi, encontrou-se na tarde de hoje, no Palácio Chigi, com o Fundador e Presidente executivo do World Economic Forum (WEF), Klaus Schwab», escreveu o site governativo.

 

«A conversa foi focada no próximo Encontro Anual do WEF previsto para ocorrer em Davos em janeiro de 2022 e nos principais dossiers globais, tema também da Presidência italiana do G20, com particular referimento ao assunto da retomada econômica e social pós-pandêmica».

 

O encontro ganhou pouca visibilidade. Nenhum jornal, impresso, eletrônico ou televisivo, deu-lhe relevância – e isto enquanto uma parcela significativa da população está indiscutivelmente convencida de que Schwab é o chefe de uma conspiração da oligarquia global que visa a instalar um novo mundo de controle no qual todos serão escravizados. Que ideia maluca.

 

Teria sido um artigo de alguma relevância: ahh, teóricos da conspiração! Vejam isso: um faraó do Mal que vem aqui na Itália para se encontrar com o seu bravíssimo premier! Só pode ser o Espectro [personagem da Comics D.C.; n.d.t.]! Bola pra frente; virem pessoas sérias; cresçam!

 

Em vez disso, nada.

 

Nem mesmo meio editorialzinho em destaque no jornal do ex-genro do finado Rodotà, o apresentador de TV Gramellino. Seria uma baita ocasião para tirar sarro da cara dos no-vax e, quem sabe, apresentar ao mundo um homem que seguramente tem muitos méritos, pois de outro modo não teria chegado onde chegou.

 

Nada. Nulla. Zero. Zilch. Silêncio da mídia.

 

Esse silêncio é algo que já tínhamos visto. Por exemplo quando Gentiloni, há pouco e por pouco premier, encontrou-se sem muito alarde com George Soros em Roma, no auge da tradicional onda de boteiros provindos do Continente negro – os mesmos “ajudados” pelas ONGS financiadas pela Open Society Foundation do homem de finanças bilionário (o único no mundo com a sua própria política externa; estamos falando dele).

 

Na época, mesmo sob o silêncio dos grandes jornais, vieram à frente, após o fato, um bocado de políticos de oposição. Meloni. Grillo. Calderoli. Todos fazendo a mesma perguntinha: o que Gentiloni tinha ido fazer com Soros? O que eles falaram entre si?

 

Agora todos eles desapareceram. Ninguém quer, de verdade, saber – por que não com uma bela carta parlamentar interrogativa? – o que o Presidente do Conselho teria para falar com um teórico da redefinição do mundo e da própria natureza humana. Porque, além da indústria, da economia, da sociedade, Schwab invocou abertamente a fusão homem-máquina, as interfaces neurais e a possibilidade de escanear os pensamentos das pessoas enquanto elas passam pelos aeroportos, uma «fusão da nossa identidade física, digital e biológica».

 

Tudo isso é verdade.

 

Depois, para a imprensa italiana, o teórico do Grande Reset não é Schwab. É Viganò. Sim, para o jornal do filhinho do Mentana, para o Dagospia e só Deus sabe para quantos outros, deve-se falar em «Monsenhor Carlo Maria Viganò, o teórico do “grande reset”»! Desse jeito. Ipsis litteris.

 

Isto é, o Grande Reset, que eles obviamente colocam entre aspas, não foi teorizado por Schwab, que até mesmo escreveu um livro sobre o assunto – não se sabe porque ele ainda não foi publicado na Itália – intitulado COVID-19: The Great Reset, do qual ninguém, ao que parece, nunca ouviu falar. Ignorância, má-fé, desleixo: não sabemos como definir isso. Mas é assim: o Grande Reset foi teorizado pelo arcebispo, e não pelo personagem que, sob o silêncio deles próprios, acabou de se encontrar com o primeiro Ministro da República Italiana.

Parece mais um vilão do James Bond. É um personagem de livro de romance, televisivo, de ficção

 

Eu me pergunto: nem mesmo uma vinheta? Em suma: parece mais um vilão do James Bond. É um personagem de livro de romance, televisivo, de ficção. Alguém, após tê-lo visto vestido em um indumento com o qual certa vez apresentou-se em público chegou a falar em Star Trek. (Nós odiamos Star Trek).

 

 

Semana passada, o «Schwaboo» arrumou algo para fazer. Em Dubai, o elitista careca anunciou a criação de uma iniciativa chamada Great Narrative. A Grande Narrativa.

Cada narração é uma edição, uma montagem. Para dar um sentido às histórias, omitem-se detalhes, perspectivas e personagens que poderiam levar a um lugar indesejado

 

O que seria a Grande Narrativa? É «um esforço colaborativo entre os principais pensadores do mundo para modelar prospectivas a longo prazo e co-criar uma narrativa que pode ajudar a guiar a criação de uma visão mais resiliente, inclusiva e sustentável para o nosso futuro coletivo», diz o site do World Economic Forum de Davos. «Os melhores pensadores provenientes de uma variedade de áreas geográficas e do conhecimento, inclusos futurólogos, cientistas e filósofos, contribuirão com novas ideias para o futuro. As suas reflexões serão compartilhadas em um livro, The Great Narrative, cuja publicação está prevista para janeiro de 2022».

 

«Estamos aqui para desenvolver a Grande Narrativa, uma história para o futuro», anunciou Schwab em Dubai na quinta-feira passada, junto ao ministro dos Assuntos de Gabinete dos Emirados Árabes Unidos, Mohammad Abdullah Al-Gergawi.

 

«Para modelar o futuro, primeiro você tem que imaginá-lo, tem que projetá-lo, e depois construí-lo». Trata-se de uma retórica que está entre a publicidade de um tênis de corrida e um delírio tirânico.

 

«Acho que nos próximos dois dias, aqui, vamos analisar como imaginaremos, projetaremos e como concretizaremos a Grande Narrativa; como definiremos a história do nosso mundo para o futuro», declarou Schwab na rica (?) cidade capital dos influenciadores digitais no deserto arábico.

As suas vozes dissidentes estão apagadas, inaudíveis nas mídias ou na representação democrática. Os seus pensamentos, censurados pelas redes sociais. As suas manifestações estão proibidas – e reprimidas com uma força jamais antes vista.

 

Depois ele lamentou-se.

 

«As pessoas tornaram-se muito egocêntricas e, em uma certa medida, egoístas. Em uma situação desse tipo é muito difícil criar um acordo porque plasmar o futuro, projetar o futuro, geralmente requer uma vontade em comum entre as pessoas», declarou.

 

«O mundo tornou-se tão complexo. As soluções simples para problemas complexos não bastam mais».

 

«Hoje não há mais separação entre social, político, tecnológico, ecológico – tudo está emaranhado», acrescentou, dando a entender que o seu programa seria uma reprogramação integral da associação humana.

 

«Consideramos que seja muito importante trabalhar verdadeiramente juntos a nível global para nos assegurar da utilização do potencial da quarta revolução industrial em benefício da humanidade, porque a tecnologia também comporta algumas armadilhas e pode ser utilizada em detrimento da humanidade». Para quem não sabe, A Quarta revolução Industrial é o título de um outro livro dele (publicado também em português), no qual ele idealiza reformular para sempre o sistema produtivo planetário.

Quem irá permanecer parte dessa história, em vez disso, já foi editado de um modo diferente: foi editado geneticamente. Primeiro duas seringadas de mRNA, depois uma terceira, depois uma quarta e depois só Deus sabe: o referendo para a alteração do genoma humano foi vencido pelo lado do sim, mesmo se os eleitores nem mesmo se deram conta

 

O leitor consegue imaginar sozinho o que é essa tal Grande Narrativa (termo que, na realidade, esperávamos que tivesse sido desvelado de uma vez por todas na era do governo de Matteo Renzi).

 

Cada narração é uma edição, uma montagem. Para dar um sentido às histórias, omitem-se detalhes, perspectivas e personagens que poderiam levar a um lugar indesejado.

 

Vocês sabem muito bem o que já está acontecendo. As suas vozes dissidentes estão apagadas, inaudíveis nas mídias ou na representação democrática. Os seus pensamentos, censurados pelas redes sociais. As suas manifestações estão proibidas – e reprimidas com uma força jamais antes vista.

 

Já os estão editando para fora da história – dissemos-lhes muitas vezes: querem anular-nos; um segmento correspondente a um percentual de dois dígitos da sociedade deve ser sacrificado: é uma ideia que eles já aceitaram politicamente, economicamente, «humanamente».

Bebês editados geneticamente para serem perfeitamente adaptados à Grande Narrativa. Um livro para resetar a humanidade, e quem sabe recriá-la

 

Quem irá permanecer parte dessa história, em vez disso, já foi editado de um modo diferente: foi editado geneticamente. Primeiro duas seringadas de mRNA, depois uma terceira, depois uma quarta e depois só Deus sabe: o referendo para a alteração do genoma humano foi vencido pelo lado do sim, mesmo se os eleitores nem mesmo se deram conta.

 

Podem apostar o que quiserem: a próxima grande edição que lhes empurrarão goela abaixo é a edição dos seus filhos, dos seus netos, da geração que virá. As futuras crianças serão editadas geneticamente em provetas através da técnica CRISPR. Isso porque fazer filhos através da bioengenharia «será como vaciná-los».

 

Bebês editados geneticamente para serem perfeitamente adaptados à Grande Narrativa. Um livro para resetar a humanidade, e quem sabe recriá-la.

 

Bom, já lhes tínhamos advertido. No fim das contas será uma questão de livros.

Procuremos por nossos nomes no livro da vida, no livro do Cordeiro. Os outros que adorem a Besta

 

O livro do Apocalipse já nos ensinou, no capítulo 13, quando fala sobre a Besta.

 

«E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo», (Apocalipse 13, 8).

 

Procuremos por nossos nomes no livro da vida, no livro do Cordeiro. Os outros que adorem a Besta.

 

«E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo», (Apocalipse 20,15).

 

 

Roberto Dal Bosco

 

 

 

Tradução de Flavio Moraes Cassin, cujas opiniões pessoais não coincidem necessariamente com aquelas expressadas neste artigo.

 

 

Articolo originale in italiano.

 

 

 

 

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