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Nova Ordem Mundial, matriz anticristã, sacrifício dos inocentes. Renovatio 21 entrevista o Arcebisbo Carlo Maria Viganò

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O Monsenhor Carlo Maria Viganò concedeu ao fundador de Renovatio 21, Roberto Dal Bosco, esta entrevista exclusiva. Vossa Excelência respondeu às perguntas com a habitual generosidade e precisão. Como se sabe, nos últimos dias os ataques públicos a Monsenhor Viganò intensificaram-se.  Pedimos a todos os nossos leitores para que rezem pelo Arcebispo: ele é uma claríssima, fundamental voz de razão em meio à tempestade que estamos atravessando.

 

 

 

Houve um tempo no qual os temas dos quais fala Vossa Excelência – como, por exemplo, o advento de uma Nova Ordem Mundial de matriz anticristã – eram debatidos ao interno dos muros do Vaticano?

 

Uma sociedade que não se protege contra aqueles que a ameaçam está destinada à extinção, assim como um corpo que não se defende de uma doença é atacado e morre. Por esse motivo a Igreja Católica sempre preocupou-se seja em extirpar as ameaças internas seja em prevenir e combater aquelas externas. Por outro lado, nenhum bom governante colocaria em perigo os próprios cidadãos sabendo que existe um poder oculto que projeta um golpe de estado ou que busca infiltrar espiões.

 

A Nova Ordem Mundial é uma ameaça gravíssima tanto ao estado quanto à Igreja, porque ambos são inimigos que devem ser abatidos, com vistas à instauração de uma República Universal e de uma Igreja da Humanidade, ambas de matriz anticristã.

A Nova Ordem Mundial é uma ameaça gravíssima tanto ao estado quanto à Igreja, porque ambos são inimigos que devem ser abatidos, com vistas à instauração de uma República Universal e de uma Igreja da Humanidade, ambas de matriz anticristã: a República Universal é a negação da Realeza social de Nosso Senhor e do próprio pacto social; a Igreja da Humanidade é a negação da necessidade de Redenção e da unicidade da verdadeira Religião.

 

Já há mais de um século que a Maçonaria combate uma batalha contra o Estado e contra a Igreja, e até o momento em que os poderes civil e eclesiástico mantiveram-se fiéis às suas missões – ou seja, aquele garantir paz, ordem e prosperidade aos cidadãos, este a unidade na Fé e salvação eterna da almas – adotaram todas as medidas para impedir que essa seita alcançasse o seu objetivo. Mas no decorrer desses três séculos, grande parte dos Estados renderam-se e aceitaram os princípios maçônicos nas próprias constituições, enquanto a Igreja resistiu até 1962, quando esses princípios, até então condenados, foram institucionalizados também por seus Pastores.

 

É impossível não perceber nessa rendição incondicionada ao inimigo uma verdadeira traição, tanto por parte das autoridades civis quanto por aquela eclesiástica. Ecumenismo e colegialidade são a prova desse câncer no corpo eclesial, que pressagiam a «igreja da Humanidade» sugerida nas Constituições da Framaçonaria pelo menos desde de 1864. (1)

 

 

Existe ainda alguma parcela do corpo eclesial que conserva essa visão?

 

Existe um pusillus grex que combate para defender o reduto dos ataques internos e externos: a sua exiguidade numérica, aos olhos de Deus, demonstra inequivocavelmente que a vitória é possível somente com a potente intervenção do Senhor.

 

Quem, de má-fé, minimiza a ameaça representada pela maçonaria e, ao contrário, encoraja uma colaboração com os seus ideais revolucionários se revela um inimigo da Igreja e cúmplice da elite globalista. E não se trata somente de não beligerância com um potente inimigo, mas de uma verdadeira desertação da Hierarquia, unida à cumplicidade mais abjeta e à traição de Deus e dos fiéis.

Quem, de boa fé, acreditava que a Maçonaria não representasse uma ameaça à sociedade e uma inimiga jurada da Igreja hoje é capaz de compreender que foi enganado. Mas essa ciência, ainda que tardia, deve traduzir-se em uma ação concreta: os Padres devem resguardar os seus rebanhos, denunciar os planos da seita, exercer uma obra de formação e exercitar o próprio papel de defensores da Igreja.

 

Por esse motivo julgo positivamente as palavras pronunciadas pelo Presidente da Conferência Episcopal Americana, Monsenhor Gomez, a respeito da «elite globalista anticristã» (2).  Espero que as repita durante o plenário da Conferência episcopal americana reunida próprio nestes dias em Baltimore: às palavras devem seguir os fatos, porque estar ciente de que o rebanho está sendo ameaçado por lobos e não trancar o estábulo e afastar as bestas ferozes seria ainda mais grave.

 

Vice-versa quem, de má-fé, minimiza a ameaça representada pela maçonaria e, ao contrário, encoraja uma colaboração com os seus ideais revolucionários se revela um inimigo da Igreja e cúmplice da elite globalista. E não se trata somente de não beligerância com um potente inimigo, mas de uma verdadeira desertação da Hierarquia, unida à cumplicidade mais abjeta e à traição de Deus e dos fiéis. Assistir a Bergoglio recebendo no Vaticano os expoentes do Council for Inclusive Capitalism e sendo nomeado «guia moral» das famílias da alta finança pertencentes à cúpula maçônica torna evidente a medida da apostasia que parte do vértice da própria Igreja, em face a qual os fiéis ficam escandalizados.

 

 

A maior dor dos católicos neste momento é o fato de que devem travar uma batalha não juntos às instituições eclesiais, e nem apenas sem elas: parece que deve-se travar uma batalha «contra», porque o catolicismo institucional demonstra ter-se tornado um verdadeiro grande motor da opressão social e biológica em curso. Como os católicos podem pensar em uma mudança espiritual sem terem os Bispos ao seu lado?

 

Um rebanho sem pastor dispersa-se facilmente, sobretudo se está sem assediado por lobos. A Providência permite que os católicos atravessem um período de crise na Igreja, abandonados pelos seus bispos ou até mesmo sendo perseguidos por eles. Os casos de sacerdotes afastados pelo estado clerical porque não dobraram-se às imposições de Santa Marta são cada vez mais numerosos. Mas a falta de iniciativa da autoridades – pelo contrário: a sua genuína traição e subserviência ao inimigo – não pode ser definitiva, porque uma sociedade não pode sustentar-se sem que exista uma autoridade que a governe; uma autoridade que não é fruto do consenso dos governados, mas uma expressão vicária da autoridade de Jesus Cristo, Chefe do Corpo Místico.

 

A falta de iniciativa da autoridades – pelo contrário: a sua genuína traição e subserviência ao inimigo – não pode ser definitiva, porque uma sociedade não pode sustentar-se sem que exista uma autoridade que a governe; uma autoridade que não é fruto do consenso dos governados, mas uma expressão vicária da autoridade de Jesus Cristo, Chefe do Corpo Místico.

A mudança determinante para uma restauração da Igreja deve portanto necessariamente partir dos seus vértices, do Pontífice Romano e dos Bispos, e até quando isso não acontecer resta aos fiéis somente rezar, fazer penitência e opor uma firme resistência aos abusos de quem exercita o poder pela finalidade oposta àquela pela qual foi instituído por Deus.

 

E para que não exista nenhuma forma de apoio as iniciativas da parte corrompida da instituição, os fiéis devem privá-la de quaisquer formas de financiamento, direcionando as suas ofertas à parte sã da Igreja, de modo a assegurar ajuda às famílias, aos sacerdotes e às Comunidades religiosas perseguidas.

 

 

Algumas semanas atrás, um membro da Guarda Suíça Vaticana que foi demitido após recusar-se a submeter-se ao soro mRNA disse-nos que, segundo ele, a rigorosa obrigatoriedade vacinal imposta no Vaticano poderia dever-se ao fato de que almeja-se fazer daquele pequeno país um exemplo mundial – assim como Israel, deve-se salientar. Perguntamo-nos: um exemplo a quem? Quem é o espectador máximo a que está buscando-se satisfazer ao tornar-se «exemplo» de totalitarismo vacinal?

 

Está claro: a quem Bergoglio quer comprazer e aos quais não falha em dar públicas demonstrações de obediente submissão são aqueles que desde o caso das famosas correspondências de John Podesta projetavam expulsar Bento XVI do papado, dar início a uma «primavera da Igreja» e eleger um fantoche que levasse a cabo esta revolução; nem mais nem menos do que aquilo que posteriormente vimos acontecer nos EUA com a colossal fraude eleitoral com prejuízo ao Presidente Trump que levou John Biden à Casa Branca.

 

Certamente o inquilino de Santa Marta coloca-se hoje como candidato à presidência da Religião Mundial, como almejado pela Maçonaria e planejado pela Nova Ordem; ou pelo menos como aquele que introduziu no Sagrado Colégio o futuro membro elegível ao papado que exercerá essa função.

A servidão de Bergoglio à ideologia globalista é tão escandalosa ao ponto de poder ser compreendida pelos fiéis comuns, os quais em virtude do sensus Fidei entendem a índole eversiva deste «pontificado» e refugiam-se na ideia de que Bento XVI seja o verdadeiro Papa.

 

Certamente o inquilino de Santa Marta coloca-se hoje como candidato à presidência da Religião Mundial, como almejado pela Maçonaria e planejado pela Nova Ordem; ou pelo menos como aquele que introduziu no Sagrado Colégio o futuro membro elegível ao papado que exercerá essa função.

 

 

Em 2009, na encíclica Caritas in Veritate, Bento XVI falou com veemência contra o uso de embriões sacrificados pela ciência: «sacrificam-se embriões humanos pela pesquisa, o senso comum acaba perdendo o conceito de ecologia humana». Como é possível que após um punhado de anos tenhamos chegado a uma Igreja que vira completamente de ponta-cabeça esses conceitos, ao ponto de demitir aqueles que recusam as vacina elaboradas exatamente a partir do sacrifício de seres humanos?

 

A Igreja não modificou a sua doutrina, e nem poderia fazê-lo. Isto a que estamos assistindo é a finalização de um percurso de várias décadas, do qual – sinto dizê-lo – não foi poupado nem mesmo Bento XVI.

 

O conceito de «ecologia humana», somente pelo modo no qual é expressado, revela uma linguagem profana, na qual falta a potência e a eficácia de uma visão totalmente sobrenatural. Os embriões humanos não devem ser sacrificados porque são criaturas desejadas por Deus, aos quais Ele dignificou-se em dar a vida para que Lhe rendam glória e, renascidos no Batismo, possam participar da Sua visão beata no Céu.

A Igreja não modificou a sua doutrina, e nem poderia fazê-lo. Isto a que estamos assistindo é a finalização de um percurso de várias décadas, do qual – sinto dizê-lo – não foi poupado nem mesmo Bento XVI.

 

Ter colocado de escanteio, desdo o Concílio, a linguagem inequivocavelmente católica do Magistério resultou em um enfraquecimento do ensinamento da Igreja, que inexoravelmente levou à atual deriva doutrinal e moral.

 

Existe, além disso, uma espécie de sentimento de inadequação, nos Padres, perante à ciência,  quase como se eles não pudessem dar respostas válidas e autorizadas em um campo que consideram erradamente externo. Mas, ao considerarmos que Deus é o autor tanto da Fé quanto «de todas as coisas visíveis e invisíveis», conforme recitamos no Credo, torna-se incompreensível o receio deles, que pressupõe uma contraposição que não faz sentido ontologicamente. 

 

É significativo que se demonstre tamanho desânimo ao defender a vida, o qual desaparece completamente quando chega a hora de propagandear as teorias mais sem sentido e anticientíficas a respeito das mudanças climáticas: nesse caso, estranhamente, a Hierarquia fornece bases doutrinais ao ecologismo neomalthusiano e à petulante e infantil choradeira ambientalista da moça de 19 anos, Greta Thunberg, perante a qual «tremem os poderosos» que a financiam; e Bergoglio chega ao ponto de falar em «grito da Mãe Terra», cultuando o ídolo da Pachamama. 

 

 

Com Ratzinger ainda no pontificado, segundo Vossa Excelência teríamos visto as coisas pelas quais passamos neste biênio pandêmico?

 

Bento XVI não teria acumpliciado-se com este crime contra Deus, contra a Igreja e contra a humanidade.

Bento XVI não teria acumpliciado-se com este crime contra Deus, contra a Igreja e contra a humanidade.

 

Creio que não teria submetido-se a fazer um papel de figurante na grotesca farsa da pandemia; certamente não o teríamos visto, assim como vimos Bergoglio, apoiar a narrativa pandêmica nem posar de camelô de vacinas.

 

 

Os movimentos pró-vida mais ou menos conectados a Dioceses e Conferências Episcopais sempre ignoraram temas como o uso de fetos e embriões pela ciência, indústria farmacêutica e cosmética – isso para não falar na reprodução artificial, heteróloga ou não, que pode matar dezenas de embriões para cada criança obtida com a proveta, ao ponto em que mais seres humanos são trucidados em decorrência da fertilização in vitro do que pelo aborto. Como foi possível esse silêncio?

 

Os Padres aceitaram passivamente, desde os anos 60, a inferioridade moral da Religião revelada perante à modernidade, ao progressismo, ao cientificismo, às instâncias do mundo secularizado e anticristão. Assim como ocorreu na política, em que uma direita já embebida de princípios liberais e ressurgimentais deixou-se-lhe impor a herança moral do Fascismo e do Nazismo, sem que o mesmo tenha acontecido com a esquerda e o comunismo. 

 

Mas esse senso de inferioridade – que desde sempre os inimigos buscaram incutir nos católicos rotulando-os como retrógrados e antimodernistas – foi aceito pelos Bispos e consequentemente pelo Clero e pelos laicos não apenas porque eles não tinham-se atualizado acerca dos desdobramentos da pesquisa médica, mas porque desdo o Concílio Vaticano II esqueceram-se da dimensão sobrenatural do papel deles e – coisa inda mais grave – da vida interior e da assiduidade que por si alimenta a Fé e o Ministério.

 

 

Os Padres aceitaram passivamente, desde os anos 60, a inferioridade moral da Religião revelada perante à modernidade, ao progressismo, ao cientificismo, às instâncias do mundo secularizado e anticristão.

O diálogo com o mundo não converteu a Deus quem Lhe era afastado, mas, pelo contrário, afastou Dele aqueles que Lhe eram próximos, dispersando-os em uma sociedade secularizada, cada vez mais anticatólica e anticristã. Dialogar com o mundo tornou-se sinônimo de querer falar a sua língua, aceitar a sua mentalidade, renegando a nossa condição «exsules filii Evae in hac lacrimarum valle».

 

Temos Bispos e sacerdotes que não rezam mais, especialmente se encontram-se frente ao tabernáculo, e que consideram-se gerentes de uma empresa ou funcionários de uma instituição.

 

Temos Bispos que não recitam o Breviário, que não celebram a Missa diariamente, que não fazem mais nem meditação nem exame de consciência. E com a perda do espírito de oração, o recolhimento interior necessário, adquirem o espírito do mundo e a dissipação que necessariamente o sucede. 

 

E se segue-se o mundo, acabam por considerarem-se inadequados às suas exigências e às suas reivindicações; se não acredita-se que seja o mundo quem deve ajoelhar-se perante à Majestade de Cristo, mas a Igreja quem deve prostrar-se às suas máximas, como podemos fingir que a Hierarquia ouse colocar-se contra aquilo que maximante constitui a essência satânica dele, ou seja, o sacrifício e a corrupção dos inocentes?

Falar com eles a respeito dos fetos utilizados na indústria cosmética ou nas supostas vacinas não os escandaliza, porque consideram-se pessoas tolerantes, e o objetivo de suas vidas não é converter as almas a Cristo, mas tornarem-se camuflados o máximo possível e sobretudo «no ritmo destes tempos». Isso traduz-se em uma corrida desajeitada atrás dos passos do mundo, em um desejo de satisfazê-lo, em adular o seu espírito, em silenciar os seus desvios e culpas: o contrário daquilo que deve fazer quem é constituído pelo Nosso Senhor como pastor e guia, não como tolo seguidor.

 

E se segue-se o mundo, acabam por considerarem-se inadequados às suas exigências e às suas reivindicações; se não acredita-se que seja o mundo quem deve ajoelhar-se perante à Majestade de Cristo, mas a Igreja quem deve prostrar-se às suas máximas, como podemos fingir que a Hierarquia ouse colocar-se contra aquilo que maximamente constitui a essência satânica dele, ou seja, o sacrifício e a corrupção dos inocentes?

 

 

Os movimentos pró-vida oficiais ignoraram temas ainda mais urgentes, como a predação de órgãos com o coração ainda batendo, que está acontecendo neste momento nos hospitais brasileiros e italianos. Podemos dizer, portanto, que as batalhas contra o aborto sejam em última análise armas de distração de massa para os católicos, enquanto uma cultura da morte bem mais difusa (da qual o aborto é somente uma mínima fração) era instalada no sistema?

 

A legitimação do aborto foi um passo obrigatório, após o divórcio, para a destruição da sociedade cristã: o ódio da Maçonaria contra a família forma uma unidade com o seu ódio contra Deus e a Igreja. Uma vez que tenha-se infringido o princípio de inviolabilidade da vida, nada impede de usar os fetos abortados ou as pessoas assassinadas através da eutanásia para a predação de órgãos, para a venda à indústria farmacêutica, para a produção de vacinas ou cosméticos, para fertilizar os campos. 

 

Mas se os médicos católicos denunciaram esses horrores, devemos reconhecer que a Hierarquia demonstrou mais uma vez a própria covardia perante a questões que na sociedade secularizada são consideradas marginalizadas e irrelevantes, ou que são varridas para debaixo do tapete como teorias da conspiração.

 

Se o aborto não tivesse sido legalizado, o uso de fetos abortados não seria possível, e seria possível colocar um freio na predação de órgãos para a indústria dos transplantes ou para a pesquisa. Mas quem deu liberdade aos católicos empenhados na política, senão a ideologia do Vaticano II e o diálogo com o mundo tanto almejado por Paulo VI?

A legitimação do aborto foi um passo obrigatório, após o divórcio, para a destruição da sociedade cristã: o ódio da Maçonaria contra a família forma uma unidade com o seu ódio contra Deus e a Igreja. Uma vez que tenha-se infringido o princípio de inviolabilidade da vida, nada impede de usar os fetos abortados ou as pessoas assassinadas através da eutanásia para a predação de órgãos, para a venda à indústria farmacêutica, para a produção de vacinas ou cosméticos, para fertilizar os campos. 

 

Quem não se opõe à monstruosidade infernal dessas aberrações demonstra não somente não ter Fé, mas também de ser desprovido de Caridade: porque a Caridade é a virtude que nos leva a amar a Deus por como Ele é, e o próximo por amor Dele.

 

Se não ama-se Deus, se não O se ama na Sua divina essência e nas Suas perfeições, se acredita-se tolamente de poder calar a Palavra para não ofender quem está afastado Dele, o amor ao próximo também desaparece, e com ele o respeito pela vida natural e mais precedentemente aquela sobrenatural.

 

 

E a eutanásia? Como é possível que esteja para ser votada na Itália uma lei que tornaria lícito o homicídio de quem consentir (algo que não tem mais a ver nem mesmo com a «doce morte») sem que haja uma oposição católica articulada?

 

O problema é sempre o mesmo: quem serve ao mundo não pode servir ao mesmo tempo a Deus, e quem quer agradar a Deus não pode agradar ao mundo.

Se o aborto não tivesse sido legalizado, o uso de fetos abortados não seria possível, e seria possível colocar um freio na predação de órgãos para a indústria dos transplantes ou para a pesquisa. 

 

O silêncio condenável da Hierarquia perante à legalização do suicídio demonstra a sua total inadequação para o papel que exerce, a tola cumplicidade de quem cala-se porque está sendo chantageado, a velhaca cortesia de quem espera obter alguma vantagem através da traição.

 

 

Existe alguma relação entre todo esse gigantesco projeto de morte e a guerra travada por Bergoglio contra as Missas de rito antigo?

 

A guerra de Bergoglio contra à Missa católica é a necessária consequência de uma ação coerente com a inteira configuração do seu «pontificado».

 

A Missa de São Pio V exprime a Fé da Igreja de Cristo, sem equívocos, sem lero-leros, sem censuras. É o canto da Noiva apaixonada pelo Noivo divino, que não conhece mentiras nem compromissos escusos. 

 

A liturgia reformada expressa em vez disso uma outra fé, é voz de uma outra religião, de uma outra eclesiologia, algo de humano que deseja ser sacro e profano ao mesmo tempo, como uma mulher transviada que quer manter o marido em rédeas curtas enquanto dá umas olhadinhas para o amante. Por isso uma alma genuinamente católica não pode não reconhecer a neta superioridade da liturgia tridentina em relação a sua versão equivocada do Concílio.

Em quem conhece verdadeiramente o valor infinito do Santo Sacrifício da Missa e a sua «periculosidade» contra os planos infernais que estão concretizando-se, é inegável que exista o terror de vê-la novamente difundir-se entre os fiéis, porque o bem espiritual que ela traz à Igreja é um potente exorcismo contra os seus inimigos. Satanás odeia a Missa tradicional

 

Mas além disso, em quem conhece verdadeiramente o valor infinito do Santo Sacrifício da Missa e a sua «periculosidade» contra os planos infernais que estão concretizando-se, é inegável que exista o terror de vê-la novamente difundir-se entre os fiéis, porque o bem espiritual que ela traz à Igreja é um potente exorcismo contra os seus inimigos. Satanás odeia a Missa tradicional, assim como odeia a Confissão dos pecadores, a Comunhão recebida com as devidas disposições, a oração do Rosário, a água benta, o som dos sinos, os Sacramentos em geral. Não é um acaso que a pandemia tenha retirado as fontes de água benta, tenha dizimado a frequência dos Sacramentos, tenha deixado morrer sem a assistência de um sacerdote tantas almas.

 

Retornamos sempre ao mesmo ponto: somente quem é incrédulo é capaz de consentir que em um momento de crise se prive os fiéis das ajudas espirituais indispensáveis para encará-la; só quem está do lado do Inimigo pode deliberadamente impedi-las; e quem está com o Senhor sabe bem o quanto, em um mundo governado por Satanás, seja necessário fazer irromper a potência de Deus, a Graça veiculada pela Missa e pelos Sacramentos, a intercessão da Virgem Santíssima e de todos os Santos.

 

Evidentemente, quando prefere-se falar sobre «o respeito pela casa de todos» e sobre as mudanças climáticas em vez de gritar em cima dos telhados que a única salvação vem de Nosso Senhor Jesus Cristo, fez-se já a escolha de em que time quer-se jogar.

 

 

No dia 5 de novembro, no tabloide The Post internacional, foi publicado um dossiê intitulado  “Os Antivacinas de Deus”, de Giulia Cerino e Laura Maragnani, no qual foi dada uma versão tendenciosa e parcial do movimento tradicionalista católico e dos Prelados que o sustentam: é inútil dizer que Vossa Excelência foi pegado particularmente como alvo. Como você julga este crescente ataque a quem exprime divergência em relação à narrativa pandêmica e vacinal?

 

A inicial ridicularização do adversário, a sua patologização e a sua criminalização são parte da técnica testada e aprovada em todas as ditaduras, particularmente nas de cunho comunista, que normalmente conclui-se com a eliminação social e política. Deixando de lado as mentiras contra mim, lamento ver sendo atacados o Cardeal Burke, o Monsenhor Schneider e o Monsenhor Williamson, bons sacerdotes compelidos à catacumba por causa da apatia e pusilanimidade de seus padres, intelectuais e grupos de fiéis. Os únicos «bons» que merecem o apreço desse jornal são «papa Francisco» e um «Professor»: parece-me que esse fato dissipe quaisquer dúvidas a respeito da organicidade de ambos ao sistema.

 

Mas essas agressões baixas, essas acusações falsas e sem contraditório, nunca pouparam quem faz o bem, porque a perseguição faz parte do nosso cotidiano de Católicos em um mundo ímpio e anticristão. A operação de deslegitimização buscada pelo deep state contra quem exprime divergência com o sistema encontra perfeita correspondência com a deslegitimização que a deep church move contra os católicos refratários.

 

Causa perplexidade o fato de que muitos aceitem processos sumários por algo que constitui um direito inalienável. Considerar um crime a legítima decisão de não submeter-se à inoculação do soro genético experimental representa uma grave violação por parte de quem não aceita nenhum confronto e muito menos divergência, porque sabe muito bem que os argumentos científicos, jurídicos e de bom-senso banal mostram toda a incoerência e ilogicidade das suas posições. Portanto, na impossibilidade de argumentar, surge a necessidade de apelar à «fé na ciência», à superstição, desacreditando os prêmios Nobel e os verdadeiros cientistas.

 

 

Obrigado, Excelência, por ter respondido às nossas perguntas. O grupo Renovatio 21 e os nossos leitores rezam por Você.

 

 

Roberto Dal Bosco

 

 

NOTAS:

1) «Art. 7. A meta de seus trabalhos propõe-se em agrupar todos os homens livres em uma grande família, a qual possa e deva aos poucos suceder a todas as seitas, fundadas sobre a fé cega e a autoridade teocrática, a todos os cultos supersticiosos, intolerantes e inimigos entre si, para construir a verdadeira e única igreja da Humanidade». Veja: La Civiltà Cattolica, Anno XXXV, vol. VII, 1884, pág. 42.

 

2) Veja: https://renovatio21.com/larcivescovo-di-los-angeles-contro-lascesa-dellelite-globalista-anticristiana/

 

 

Tradução de Flavio Moraes Cassin

 

Articolo originale pubblicato in italiano

 

 

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