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A Apple vale 3 trilhões de dólares. Quanto poder ela teria sobre nós?

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Na virada do ano a Apple tornou-se a primeira empresa a atingir um valor de mercado de 3 trilhões de dólares.

 

As ações da Apple foram negociadas por até 182,88 dólares no dia 2 de janeiro de 2022, o que representa um aumento de 3% em relação ao fechamento da sexta-feira anterior da Bolsa de Nova Iorque, levando a capitalização de mercado da sociedade a mais de 3 trilhões.

 

A capitalização do grupo de Cupertino triplicou desde agosto de 2018.

 

A Apple compartilhava uma cadeira no clube das empresas cujos capitais ultrapassam 2 trilhões de dólares com a Microsoft de Bill Gates e a companhia petrolífera estatal da Arábia Saudita, a Saudi Aramco. Outras duas sociedades americanas do ramo da tecnologia estão próximas da marca. A sociedade mãe do Google, a Alphabet, está próxima a 2 trilhões, enquanto a Amazon é avaliada pelos investidores em mais de 1,7 trilhões. A Tesla, por sua vez, teria no momento uma capitalização de 1,2 trilhões de dólares.

 

A Apple vale, portanto, mais do que a maior produtora de petróleo do mundo, a Saudi Aramco; do que a maior produtora de software, a Microsoft; do que o maior grupo de controle de informações, o Google; e do que a maior indústria de carros elétricos, a Tesla.

A pergunta, agora, é em que modo uma empresa de tais proporções pode ter impacto sobre as vidas dos cidadãos fora da esfera de seus produtos.

 

A pergunta, agora, é em que modo uma empresa de tais proporções pode ter impacto sobre as vidas dos cidadãos fora da esfera de seus produtos.

 

A Apple manteve-se mais neutra do que outras empresas nestes anos de guerra cultural, posicionando-se como uma grande empresa que, diferentemente de outras gigantes da tecnologia como o Facebook (com o qual aparenta ter divergências), defende a privacidade dos consumidores.

 

Todavia, em 2021 a Apple anunciou que teria começado a escanear as fotos nos telefones dos seus clientes em busca de material de pedofilia. Segundo alguns, essa medida abre as portas a um terreno lamacento no qual, em base à emergência, o consumidor poderá ser espionado de acordo com a necessidade.

 

Obviamente, a Apple nunca desconsiderou a possibilidade de implementar inovações como o emoji da mulher barbuda, o que nos faz entender de que lado eles estão em relação à questão da identidade de gênero.

 

Além disso, é sabido que a Apple fez doações ao grupo de protesto racial Black Lives Matter.

Quaisquer novos conceitos de vigilância aos cidadãos empregados pelos diversos Estados do mundo deverão, por força, passar pela Apple.

 

Recentemente, a Apple, além disso, revelou também a sua posição em relação às vacinas, ao banir um aplicativo de encontros dedicado aos não-vacinados, mais conhecido como «Tinder no vax».

 

Conforme reportado pela Renovatio 21, desde os primórdios da pandemia a Apple tinha aberto prontamente as portas dos seus dispositivos aos governos para a tecnologia de rastreamento COVID.

 

Quaisquer novos conceitos de vigilância aos cidadãos empregados pelos diversos Estados do mundo deverão, por força, passar pela Apple.

 

O poder da Apple é, em suma, ainda muito visível. Todavia, é enorme: assim como, neste momento, o é a sua capitalização na Bolsa.

 

 

 

Tradução de Flavio Moraes Cassin

 

Articolo originale pubblicato in italiano

 

 

 

Imagem de KKPCW via Wikimedia publicada sob licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International (CC BY-SA 4.0)

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